A oferta de emprego deste ano oferece 5 vagas livres de português no secundário para continuar a assentar um ensino de português de qualidade no secundário galego numas condições laborais adequadas
O Governo galego ouviu mais um ano a associação e os consensos gerados com todos os grupos parlamentares, ofertando assim, mais um ano e com plena normalidade, 6 vagas de português no secundário.
A nossa associação tem insistido no facto de que só uma oferta regular e continuada de vagas é que faz possível o cumprimento da Paz Andrade. No entanto, mais do que ficar pelos números concretos, que continuamos a considerar insuficientes após o décimo aniversário da lei e do demorado processo de “incorporação progressiva da aprendizagem da língua portuguesa em todos os centros“, a DPG considera uma notícia positiva voltar a haver concurso público no secundário com o atual aumento de vagas para 6 (contando a reservada para a subida de escalão do grupo A2 para o A1), nomeadamente pela porta aberta para a aquisição de especialidade por parte dos profissionais que já estão a lecionar a matéria nos seus centros de ensino.
Nesse sentido, queremos encorajar não apenas as futuras candidatas de acesso livre, mas as dezenas de docentes no ativo que poderiam adquirir a especialidade, assentando e consolidando assim para o futuro a língua portuguesa no seu centro.
Na adquisição de especialidade não há limite de pessoas candidatas e, portanto, tampouco de pessoas que podem ser aptas e obterem mais uma opção pela qual podem concorrer no Concurso Geral de Translados ou, simplesmente, terem mais pontos no seu baremo da carreira docente. Ainda, quem adquirir uma nova especialidade por este procedimento terá preferência para ser adscrita no próprio centro em que tiver destino definitivo.
Voltando à Oferta Pública de Emprego, consideramos que em futuras convocatórias o governo poderia ser bem mais ambicioso e não apenas assentar aquilo que já está a ser desenvolvido pelos próprios centros. Nesse sentido, quer o início de negociações para um decreto que desenvolva a Paz Andrade no ensino, quer um aumento regular de vagas que duplique a atual oferta de 2025 podem ser um bom indicador de uma vontade não apenas de manutenção do demorado crescimento, mas da aposta num crescimento exponencial que cada vez é mais urgente para que a oferta de português em todos os centros seja uma realidade e possa ter uma magnitude estrutural e estratégica como bem requer uma histórica Eurorregião Galiza-Norte de Portugal.